Como era o avião da Embraer derrubado pela Rússia no Cazaquistão

 

O presidente Vladimir Putin admitiu nesta quinta-feira (9) a responsabilidade russa pelo incidente, que resultou na morte de 38 das 67 pessoas a bordo do avião da Azerbaijan Airlines. O Embraer 190, aeronave de fabricação brasileira atingida por destroços de mísseis russos no Cazaquistão em 25 de dezembro de 2024, pertencia à linha E-Jets e tinha capacidade para transportar entre 96 e 114 passageiros.

A aeronave abatida, fabricada pela empresa brasileira entre 2002 e 2018, possuía 28,72 metros de envergadura e 36,24 metros de comprimento. Segundo informações do g1, o modelo podia atingir velocidade de 880 km/h e voar a altitudes de até 12.500 metros, com peso máximo de decolagem de 36,5 toneladas.O modelo faz parte da categoria de aeronaves narrow-body, caracterizada por fuselagem estreita e alcance médio. Suas asas são equipadas com winglets, dispositivos que aumentam a eficiência aerodinâmica. No Brasil, a Força Aérea Brasileira opera dois Embraer 190 desde 2009, designados como VC-2, utilizados em voos domésticos pela Presidência da República e autoridades governamentais.

Putin explicou durante encontro com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, que o avião foi atingido por fragmentos de dois mísseis de defesa aérea russos. “Os dois mísseis lançados não atingiram o avião diretamente. Se isso tivesse acontecido, ele teria caído no local. Mas eles explodiram, talvez como medida de autodestruição, a poucos metros de distância, cerca de 10 metros. E, assim, o dano foi causado, não pelas ogivas, mas provavelmente pelos destroços dos próprios mísseis”, declarou o presidente russo.

Veja o vídeo da queda:

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A queda do avião da Azerbaijan Airlines 

O Embraer 190 realizava o voo J2-8243 quando foi forçado a um pouso de emergência a aproximadamente 3 km da cidade cazaque de Aktau. A aeronave havia decolado de Baku, capital do Azerbaijão, e seguia para Grózni, na Chechênia, quando foi atingida durante uma operação russa contra drones ucranianos que haviam invadido o espaço aéreo do país.Aliyev, que anteriormente havia acusado a Rússia de tentar encobrir a causa do acidente, agradeceu a Putin por acompanhar pessoalmente o progresso da investigação. O presidente russo prometeu indenizações às famílias das vítimas. Em fevereiro de 2025, o governo do Cazaquistão divulgou um relatório preliminar indicando que a queda poderia ter sido provocada por objetos externos. O documento apontava danos múltiplos na aeronave, incluindo perfurações na cauda, fuselagem, estabilizador, motor esquerdo e asa esquerda.

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