segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Gel à base de veneno de aranha que causa ereção e rejuvenesce está perto de ficar pronto

 


O medicamento desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) a partir do veneno da aranha-armadeira que pode revolucionar o tratamento de disfunção erétil e até rejuvenescer o corpo cavernoso deve entrar na fase 3 em janeiro de 2025.A fase 3 é a última para o fármaco ser validado como medicamento. Salim, que faz parte dos estudos, espera que essa etapa dure 1 ano. Ou seja, se tudo der certo, o gel pode ficar pronto em 2026.

O urologista lembrou que a pesquisa é feita há décadas e liderada pela professora Maria Elena de Lima, da UFMG, que percebeu que crianças atendidas após picadas da aranha-armadeira tinham ereção. Os pesquisadores conseguiram separar a molécula BZ371A e desenvolver um gel. “Daí até chegar aqui, foram feitas inúmeras pesquisas. Foram feitos teste até na China”, disse o médico: “Estamos na fase 2, que testa homens, uns com placebo e outros com medicamento. Em janeiro, já se abre essa pesquisa e vamos constatar, se Deus quiser, que o remédio é eficiente. Na fase 3, você abre a pesquisa para um grande número de pessoas. Dando certo, e dará certo, será a primeira vez que o Brasil vai lançar um medicamento para o mundo”, disse Marcelo Salim.


Vasodilatação 

O urologista explica que a molécula provoca a vasodilatação e no aumento do fluxo sanguíneo, facilitando a ereção peniana. Ele destaca ainda que o medicamento é natural e ainda atua no rejuvenescimento do órgão.“Ele é mais natural do que o Viagra. É um gel que será passado no pênis. Além de provocar a vasodilatação e a ereção, ele rejuvenesce o corpo cavernoso. Ele vai provocar a neovascularização e vai fazer o corpo cavernoso ficar mais novo. Isso é uma novidade no mundo. E não tem nenhuma contraindicação, o que é interessante”, destacou.


Mulheres 

Outra novidade destacada pelo médico é a possibilidade de o gel feito à base do veneno da aranha ser usado em mulheres. “Observou-se que, assim como ele promove essa vasodilatação nos homens, provoca também nas mulheres. Vão ser iniciadas pesquisas na mulher, para que ela use de forma tópica, portanto, gel passado na vagina e no clitóris. O que se espera é que tenha um resultado semelhante ao do homem. É uma novidade mundial.


Apoio 

Ainda conforme Salim, o grupo Biozeus, de biotecnologia do Rio de Janeiro, e um grupo português apoiam o estudo. “Eles fizeram com que essa pesquisa fosse feita parte nos Estados Unidos, parte na China, alguns laboratórios de outras partes do mundo, para estabilizar a molécula na quantidade que vira medicamento.

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