terça-feira, 25 de junho de 2019

Mitos e verdades sobre Michael Jackson


Morte precoce do Rei do Pop completa dez anos nesta terça-feira.


Nesta terça-feira, 25 de junho, completa-se exatos dez anos da morte precoce do Rei do Pop. Em 2009, Michael Jackson sucumbia às suas dores e deixava órfãos sua legião de fãs com uma intoxicação por propofol e benzodiazepina.


Figura no mínimo excêntrica, com uma vida repleta de bizarrices — além das acusações sérias de pedofilia, reforçadas pelo recente documentário "Deixando Neverland", lançado pela HBO —, Michael Jackson foi (e segue sendo) alvo de um sem número de boatos, especulações e disse-me-disses.


No mais recente, por exemplo, Sandy Domz, que trabalhava como assistente administrativa no rancho Neverland, garantiu em um documentário da rede CBS que não havia qualquer tipo de intimidade entre Michael e Lisa Marie Presley — eles foram casados entre 1994 e 1996. Segundo ela, o astro colocava perfume nas calcinhas de Lisa Marie para fingir que eles tinham transado.


Compilamos algumas das dúvidas mais curiosas que cercam os 50 anos de vida do Rei do Pop — e a década que sucedeu sua morte.

Michael Jackson morreu sem nariz?


FAKE.

Ed Winter, perito do Condado de Los Angeles, negou o boato após ter acesso à autópsia do Rei do Pop. "Os rumores são falsos. As pessoas gostam de dizer que ele tinha esse nariz de cera que tirava à noite e colocava de manhã. E, tipo, não é verdade", revelou, segundo o "Washington Post".


É fato, porém, que a autópsia revelou que Michael tinha tatuado seus lábios para torná-los rosados, o couro cabeludo pintado de preto (possivelmente para deixar a linha do cabelo mais lisa quando conectado às perucas) e escurecido as sobrancelhas.

Michael Jackson era assexuado?


FAKE.

Pelo menos é o que dizem algumas mulheres que supostamente teriam tido relações sexuais com o músico americano. A ex-mulher, Lisa Marie Presley, afirmou mais de uma vez que o sexo do casal era "muito quente".


Outras mulheres também garantiram terem "passado por lá", como Ola Ray, que estrelou o clipe de "Thriller". Theresa Gonsalves alega ter sido namorada do cantor enquanto ele estava filmando o longa "O mágico inesquecível" (1978) em Nova York, e afirma ter feito sexo com ele mais de uma vez.


Outro boato que perseguiu a vida de Michael é o de que ele seria gay. O próprio insistiu algumas vezes, em vida, que era mentira. O biógrafo Ian Halperin, no livro "Unmasked: The final years of Michael Jackson" (2009), garantiu o contrário. Já Randall Sullivan, em "Untouchable: The strange life and tragic death of Michael Jackson" (2012), jura, sem dar qualquer prova real, que ele era um "virgem de 50 anos" quando morreu.

O embranquecimento de Michael Jackson foi causado por doenças?


FATO.

Michael Jackson tinha vitiligo e lúpus, duas doenças que podem afetar a pele. A primeira muda a pigmentação de escura para clara, enquanto a segunda forma manchas vermelhas no rosto.


Por usar cremes claros para tratar ambas as condições, era improvável que Michael tivesse outra escolha senão parecer sempre extremamente pálido.


As feições do astro foram "suavizadas", porém, basicamente por escolha do próprio. A primeira cirurgia no nariz veio após fraturá-lo enquanto ensaiava uma coreografia de dança complexa, em 1979, aos 21 anos.


Em sua biografia de 1989, ele admitiria tem feito duas intervenções plásticas no nariz e criado uma fenda falsa no queixo. Mas médicos garantem que Michael ainda fez lifting na testa, intervenções para afinar os lábios e uma cirurgia na bochecha.


Mas, em entrevista a Oprah Winfrey, ele negou que tinha o desejo de se tornar branco: "Eu sou um negro americano, tenho orgulho de ser negro americano, tenho orgulho da minha raça... Sinto muito orgulho dignidade de quem eu sou".

Michael Jackson dormia com um tanque de oxigênio?


FAKE.

Esse foi um dos boatos mais famosos que envolviam a rotina do cantor. Ele supostamente só conseguia dormir com o auxílio de um tanque cheio de oxigênio.


Na verdade, o próprio Michael Jackson inventou a mentira para divulgar o curta-metragem de ficção científica 3D "Captain EO" (1986), dirigido por Francis Ford Copolla e escrito por George Lucas.

O chimpanzé de Michael Jackson usava o banheiro pessoal do cantor?


FATO.

Bom, pelo menos segundo o próprio astro. Michael Jackson resgatou o chimpanzé Bubbles, de três anos, de um centro de pesquisas sobre câncer do Texas, em 1985.


O animal se mudou para Neverland em 1988 e dormía em um berço no canto do quarto de Michael. Além disso, Bubbles usava seu banheiro pessoal e comia à mesa com outros humanos, até ser transferido para outro rancho na Califórnia.

Neverland está à venda?


FATO.

O famoso rancho de Michael Jackson, cenário central do polêmico documentário "Deixando Neverland", pode ser comprado por qualquer mortal mais endinheirado. E por uma "pechincha".


Comprada pelo valor de US$ 19,5 milhões, a residência foi posta à venda em 2015, por US$ 100 milhões. Em 2017, caiu para US$ 67 milhões. Em março de 2019, mês em que o documentário já repercutia bastante por conta da exibição em Sundance, voltou a cair, agora para US$ 31 milhões — 69% de desconto em relação ao preço inicial. A versão oficial do espólio é que foi uma "coincidência".

Michael Jackson tinha idade mental de uma criança?


FATO.


Pelo menos é o que garante o especialista em saúde mental Dr. Stan Katz. O profissional examinou Michael Jackson durante as acusações de abuso sexual de crianças, em 2003.


Segunda a avaliação de Katz, Michael não era um pedófilo, mas regrediu de volta à idade mental de um menino de dez anos. Elizabeth Taylor, amiga pessoal do astro, também o defendeu: "não havia nada de anormal na forma como Michael lidava com crianças. Não tinha nada sexual acontecendo. Nós ríamos como crianças e víamos muitos filmes de Walt Disney".

A mãe de Michael Jackson o convenceu a se casar?


FATO.

Em 1996, os fãs de Michael Jackson se surpreenderam com o anúncio de que o astro estava se casando com Deborah Rowe, mas amigos alegaram que o cantor conhecia a enfermeira há dez anos, quando seus problemas de pele começaram a se desenvolver.


O casal não planejava se casar após Deborah ter ficado grávida pela primeira vez, mas a mãe de Michael, Katherine, interveio e eles decidiram que o melhor era o casamento. Debbie é mãe de Paris e Prince Michael I. O casal, porém, nunca viveu sob o mesmo teto.

Michael Jackson foi abusado sexualmente na infância?



FAKE.

Tais rumores ganharam força no bestseller "Michael Jackson: The magic and the madness", de J. Randy Taraborrelli, lançado em 1991. No livro, o biógrafo dizia que boatos de que o patriarca da família, Joseph Jackson, era um abusador "circulava há muitos anos na indústria". No mesmo ano, La Toya Jackson, irmã de Michael, escreveu uma autobiografia em que acusou o pai de abusar sexualmente dela e da irmã Rebbie.


Anos depois, La Toya se retratou sobre as acusações, e nenhum outro membro da família Jackson jamais confirmou os boatos.


Michael Jackson, porém, era aberto sobre as punições físicas cometidas pelo pai. Em entrevista a Oprah, ele chorou ao acusar Joseph de abuso físico. O pai se "defendeu": "Eu o chicoteei com um interruptor e um cinto. Eu nunca bati nele. Você bate em alguém com uma vara". Michael teve diversas oportunidades de culpar seu pai por maus tratos sexuais, e ele nunca fez isso. Não há nenhuma evidência conhecida para apoiar o boato.

Michael Jackson gravou música de Ivan Lins?


FAKE.

OK, essa não é exatamente uma grande dúvida que paira sobre a trajetória de Michael Jackson, mas é uma curiosidade divertida para nós, brasileiros. O Rei do Pop não gravou Ivan Lins, mas foi por pouco.


Em janeiro de 1981, Ivan Lins e seu parceiro Vitor Martins foram à casa de Quincy Jones, que separara uma canção da dupla, “Um novo tempo” para um vindouro disco de Michael Jackson. Ivan conta que todas as partes chegaram a um acordo, Quincy fez uma festa para celebrar e os compositores, felizes, até tomaram um porre.


— Dias depois chega o contrato — recorda-se o músico. — Nada, rigorosamente nada do que tínhamos acertado na casa do cara constava na papelada. Ao contrário, veio um contrato leonino, bem imperialista, desrespeitoso até. Como se nós fôssemos gente dura e desesperada que assina qualquer coisa para ganhar um pouco de fama e uns trocados.


Um outro porre foi tomado, outro contrato negociado, mas a chance de “Um novo tempo” entrar em “Thriller” passou.


— Enquanto os advogados se digladiavam, o Quincy chegou a me mostrar, por telefone, umas ideias que estavam tendo para nossa música. E o letrista ia ser Rod Temperton, que me ligou um dia para saber o que dizia a letra em português. Falei que era sobre esperança de um mundo melhor, e me lembro muito bem da frase que ele disse: “Oh, Michael is gonna love that!” (O Michael vai adorar!”) — conta Ivan, que chegou a ouvir boatos de que uma demo com a canção teria sido gravada pelo cantor.

Do nosso véi

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