quinta-feira, 13 de junho de 2019

Remédios como omeprazol e similares são mais uma vez ligados à risco de morte


Um novo estudo da Universidade de Washington (EUA) concluiu que pessoas que tomam drogas comuns para azia por meses a anos podem enfrentar riscos elevados de morte por doença cardíaca, insuficiência renal ou câncer de estômago.


Essa é somente a mais recente pesquisa a levantar preocupações sobre medicamentos chamados “inibidores da bomba de prótons” (IBPs), como omeprazol, lansoprazol e esomeprazol. Outros estudos já ligaram o uso prolongado de tais remédios a riscos fatais no passado.


Os riscos 

O novo estudo incluiu mais de 200.000 veteranos americanos, em sua maioria homens mais velhos. Todos tomavam um IBP ou um bloqueador H2, outra classe de drogas para azia, começando entre 2002 e 2004.


Nos próximos 10 anos, 38% dos usuários de IBP morreram, assim como quase 36% daqueles que usavam H2.


Os riscos eram relativamente pequenos. Por exemplo, ao longo de 10 anos, 13% dos usuários de IBPs morreram de uma condição cardiovascular, incluindo doença cardíaca ou acidente vascular cerebral, em comparação com pouco mais de 11% das pessoas que usaram bloqueadores H2, outra classe de drogas para azia.


As drogas 



“Isso é inquietante”, disse o pesquisador Dr. Ziyad Al-Aly, professor da Escola de Medicina da Universidade de Washington. “Sugere que muitas pessoas estavam usando um IBP sem realmente precisar de um. Podiam estar assumindo um risco sem obter nenhum benefício”. Antes de começar a tomar qualquer remédio do tipo por conta própria, Al-Aly recomenda que você converse com um médico.


O outro lado da moeda 

O Dr. Lawrence Kim, membro da diretoria da Associação Americana de Gastrenterologia, explicou ao portal WebMD que o estudo atual, como outros anteriores, é apenas “observacional”, ou seja, usou registros médicos para rastrear os resultados dos pacientes. Esses tipos de estudos não podem provar causa e efeito, o que sugere que pode haver outras explicações para os maiores riscos observados entre os usuários de IBPs.


Em 2017, a associação publicou uma revisão das pesquisas sobre o assunto, concluindo que as evidências que sustentam todos esses riscos são de baixa a muito baixa qualidade.


“Portanto, não há evidências suficientes para determinar que esses resultados adversos sejam provavelmente um efeito da terapia com IBP”, destaca Kim.

Do nosso véi

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