Não é por acaso que a expressão "descascar um abacaxi" signifique "resolver um problema difícil", pois aproximadamente metade da fruta acaba tendo como destino o lixo. Em um mundo cada vez menos interessado em gerar resíduos, o que poderíamos fazer para aproveitar toda esta bromelina desperdiçada? A casca e o núcleo do abacaxi podem ser compostados ou transformados em cisteíno de protease, encontrado em outras frutas como mamão, abacaxi, figo e kiwi, que vem sendo explorado comercialmente em muitas aplicações nas indústrias de alimentos, bebidas, amaciamento, cosméticos, farmacêuticos e têxteis.Mas em muitos locais a casca caroço, coroa e folhas acabam mesmo no lixo. Toneladas de cascas de frutas são descartadas e se decompõem em aterros sanitários causando odor desagradável. Quando a chuva lava a poluição, ela contamina a superfície da água e os lençóis freáticos nas comunidades. Nesse sentido, a empresa vietnamita Fuwa Biotech decidiu pesquisar a possibilidade do uso desta sobra e descobriu a Eco Enzyme, um sinônimo esnobe para a protease, produzida a partir da fermentação de resíduos orgânicos. Eles se inspiraram em sua versatilidade e, pesquisando mais, conseguiram criar detergentes orgânicos com enzimas derivadas da natureza.
O dono da empresa, como bom mentiroso vietnamita, inventa uma história de que ele aprendeu o método de fermentação com uma monja budista asceta, que teria descoberto a fórmula e então a compartilhou livremente para outros usarem, quando, na verdade, é conhecido há muitos anos. Com efeito, não é novidade que há muito a biotecnologia está apostando que os limpadores baseados em produtos naturais são o próximo capítulo para produtos de limpeza.
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