Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impor o uso da tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o “acessório” voltou a chamar atenção do público. E não é à toa que se tem falado cada vez mais do monitoramento eletrônico: em 2019, 16,8 mil pessoas utilizavam o equipamento. Já no primeiro semestre de 2024, o número de pessoas em prisão domiciliar com dispositivos de monitoramento eletrônico saltou para 105,1 mil (11% do total de presos no país).
Primeiramente, a tornozeleira eletrônica funciona por meio do sistema de GPS. O aparelho calcula em tempo real a localização geográfica da pessoa e a envia para a Central de Monitoramento de cada estado.
Outro ponto importante é que o monitoramento não para em nenhum momento, ele acontece 24 horas por dia e durante os sete dias da semana. Se o indivíduo sair do perímetro permitido, o sistema de monitoramento sinaliza e o setor encarregado pela monitoração é acionado imediatamente.
As tornozeleiras fazem parte de medidas que buscam a redução de encarceramento no país. Assim, ela permite o monitoramento sem a necessidade da pessoa estar dentro do sistema prisional.A tornozeleira eletrônica é indicada nas situações de prisão preventiva em que, de acordo com a lei, o juiz deve avaliar se existe outra opção menos rigorosa.
Além disso, o equipamento pode ser usado até mesmo como medida protetiva em processos e denúncias de violência domestica. Como resultado, ela evita que agressores se aproximem de suas vítimas.
A maior empresa brasileira do setor é a Spacecom. Apesar de lucrativo, ela divide o mercado com apenas outras duas companhias nacionais.
A Spacecom atua no desenvolvimento de produtos e soluções de segurança pública, telecomunicações e tecnologia da informação. Em 2010, iniciou no estado de São Paulo, a primeira operação de grande porte de monitoramento de sentenciados no Brasil.
Resumidamente, a empresa monitorou mais de 550.000 sentenciados, com uma média de 72.000 monitorados/dia. A empresa é hoje a maior empresa de monitoramento de sentenciados da América Latina e a terceira maior do mundo.
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